Há dias que começam de um modo normal e terminam com a tristeza a invadir-me. E nessas alturas só me apetece chorar...
Mas porquê?
Pensámos que depois das vacinas na 3ª feira o Eduardo se portaria muito mal no Pediatra. Engano nosso. Fez o seu mais belo sorriso para o Nuneca e só chorou na palpação da barrigota (perguntei ao médico se era um procedimento que doía, ao que me respondeu que sim).
O nosso primogénito saltou do percentil 75 para o 90 (o cefálico está mesmo nos 95, espero que seja sinal de inteligência e não de casmurrice). Digamos que está, portanto, "magrinho". O que lhe vale é que mantém a proporcionalidade peso/estatura, senão tínhamos "o burro nas couves".
Todo o exame estava "ok" com excepção dos dois problemas detectados no coração (que em princípio desaparecerão por volta dos 12 meses) e da crosta láctea. Esta não é preocupante nem vamos intervir, por enquanto. Mantemos apenas o remédio "caseiro": óleo de amêndoas doces e pente fino.
Ah! O facto de se babar como um S. Bernardo, de andar sempre de mão na boca e de trincar tudo o que apanha, não é devido aos dentes. Ou melhor, é. É um processo natural de desenvolvimento que significa que a boca se está a preparar para a dentição. Mas não significa que os dentes estejam já a rebentar, apesar do engrossamento das gengivas.
O problema de obstipação (não sei se já o havia mencionado) permanece, o que levou a uma mudança de leite: o Nuneca sugeriu o Nan Transit (ao invés do Nan Premium que vínhamos a dar) e meia tampa de Leite de Magnesia, duas vezes ao dia. Claro que em último recurso temos o Bebegel. Ultimamente tem sido usado quase todos os dias, mas acho que massacra um bocado a criança e se pudermos resolver de outro modo, melhor.
O médico julga que veremos resultados quer do leite, quer do medicamento em cerca de duas semanas. E temos a esperança que com "tripa limpa" a criança comece a comer mais que os 120ml, mas com menor frequência (sobretudo à noite, onde à semelhança do que acontece de dia, faz religiosamente intervalos de apenas três horinhas).
Em relação ao comportamento, o meu filho, bem como os avós, andam a ser reeducados. Agora quando faz birra e chora, não se lhe pega ao colo. Pega-se quando não está aos gritos. Isto porque, como diz o Doutor Mário Cordeiro, eles nascem com um doutoramento em manhas e birras. Andamos num jogo de forças, o qual estava claramente a serganho pelo Eduardo. Hoje já virámos o resultado e a pobre criança chorou mais de uma hora seguida por birra. Partiu-me o coração, mas foi remédio santo: passou o resto do dia muito bem disposto e recebeu muito colinho (nunca quando chora por birra).
Há bocado fez uma mega-gritaria mas essa era birra de sono. E essa é outra batalha que não quero travar por agora. Prefiro dar-lhe mimos e adormecê-lo e a seu tempo introduzir outros hábitos.
Voltamos aos quatro meses e o assunto da ordem do dia será a diversificação alimentar (já trouxémos a "pastinha" para estudar)
É uma dor de alma.
Ontem o Eduardo acordou feliz e bem disposto. Distribuíu sorrisos por toda a gente cá de casa (entenda-se pais e avó materna que dorme cá de segunda para terça todas as semanas), fez o seu charme, até deu umas gargalhadas (coisa rara). Metia dó pensar que lhe íamos estragar o dia com a porcaria das vacinas.
Lá aperaltámos sua excelência e fizémo-nos à estrada, rumo ao Bairro Alto (nunca mudámos de centro de saúde para não perder o nosso médico que apesar de abrutalhado e stressado, é um excelente médico). Naquelas ruas estreitinhas, salto do carro e agarro a criança enquanto o pai tenta desencantar um lugar, que desta vez foi no piso -5 do Parque do Camões.
Nem tivémos de esperar, aliás... dei a nossa vez a outra menina porque assim tive tempo de enfiar um supositório de paracetamol no petiz, para atenuar os efeitos secundários das malfadadas vacinas.
Ficou chateado com a vida, com certeza! Ora estava o rapaz em amena cavaqueira com a avó (que encontrámos no posto, pois tinha consulta), ria-se que nem um perdido, quando sente a picada na perna... Ups! Mandou um grito.... daqueles. Sonoro mas breve e continua a brincar, desta vez mais sério.
Mas à segunda já não teve uma reacção tão soft. A enfermeira bem nos avisou que custaria mais porque o próprio medicamento é mais doloroso a entrar. Chorou, chorou, com o ar mais sentido do mundo mas desta vez foi mais fácil de o calar que no mês passado. Munidos de termoacumuladores, o pai colocou o "gelo" em cima das picas, enquanto a mãe deu um biberão de chá. Consolou-se e com "colandrejo" e umas quantas melodias trauteadas pela mui afinada voz materno, eis que cai no sono. Bem... toda a gente que por ali passou se meteu com ele. E eu devia transbordar baba por todo o lado...
Portou-se que nem um valente!
A mãe agora habituou-se aos vídeos, pronto. Estão tramados...
Se quiserem, carreguem no play para ver o resmungão aqui de casa :)
Eles tiravam fotos, riam, interrogavam-se sobre as parecenças do bébé que acabara de nascer. O F preparava-se para ir ver o filho e esperava trazê-lo para mostrar aos avós. Mas não. Foram os avós ao encontro do neto, pequenino, no seu leito de cristal, sem a mamã, sem a maminha da mamã, sem o calor da mamã. Nenhum bébé deveria ser privado da sua mãe nos primeiros instantes de vida. Nenhuma mãe deveria ser privada do seu bébé logo depois de o parir. Mas foi assim há 3 meses...
Já tinha dito que o Edu gostou de tomar banho com o pai. Outro dia foi a vez da mãe, desta vez uma banhoca mais prolongada que o costume e ele adorou. Chegou até a esboçar um sorriso... timidamente, mas sorriu :)
Sou, ou não sou um gaijo cheio de estilo?
De tal modo que o berço começou a ser pequeno.
Então hoje, finalmente, chegou a caminha de grades que estava encomendada na House Baby (cujo serviço recomendo vivamente, para não falar dos preços simpáticos e descontos que costumam fazer).
Vejam só o meu besnico na noite de estreia :)
Agora olhamos para ele deitado naquele "imenso" colchão e parece-nos que ele ainda é tão pequenino...
'Tadinho...
...vamos tendo tudo pronto para o baptizado do Eduardo.
Ora esta mãe que é crente e católica, acha que os bébés se devem baptizar em pequeninos. Quanto mais pequeninos melhor e o Eduardo só ainda não o foi porque gostaríamos que levasse a fatiota que o pai levou no seu próprio baptismo, tinha então 4 meses e meio.
Marcámos então para dia 20 de Junho às 17 horas na igreja aqui da aldeia (não sem antes termos problemas com o padre e a escolha dos padrinhos) e andamos nos preparativos para o que vai ser um dia especial para nós e para os que nos são muito chegados. Como a família é grande, não conseguimos enfiar aqui no casebre toda a gente que gostaríamos, vindo então um tio da parte de cada avô e uma tia da parte de cada avó em representação da família. E claro, os amigos que sempre nos acompanharam, quando precisámos de dividir alegrias ou tristezas.
As festas de aniversário ficarão reservadas para os amigos e familiares que têm crianças, he he he. Afinal são eles os grandes apreciadores desses eventos, tão trabalhosos e chatinhos para os pais.
Voltando "à vaca fria", vejam que jeitosa é esta mãe que nunca na sua vida pregou um botão, e mesmo assim pôs "mãos à obra" e está a bordar a toalha de linho para o pequeno:
Pronto, vamos fingir que não há ali uns pontos fora do sítio...
Como é "artista" mas não tanto assim, e como já referiu no outro estaminé, mandou personalizar uma vela artesanal da Casa das Vellas do Loreto:
Vendo ao pormenor, constatamos que aquelas artesãs são autênticas fadas:
(As fadas podiam era treinar melhor a caligrafia que até esta mãe faria uma letra mais bonita que aquela...)
E porque os sapatinhos que o F levou há três décadas atrás já estão para o amarelado, comprámos outros:
Também comprámos meias porque no final de Junho costuma fazer calor e não faz sentido levar collants como o pai levou...
Andamos agora a trabalhar nos comes para o lanchinho. Se houver tempo, faz-se um pequeno "guião" para as pessoas acompanharem a cerimónia.
Desejem-nos sorte :)
(sobretudo para que a fatiota ainda sirva no miúdo, senão a esta mãe, dá-lhe uma coisinha má...)
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