É uma dor de alma.
Ontem o Eduardo acordou feliz e bem disposto. Distribuíu sorrisos por toda a gente cá de casa (entenda-se pais e avó materna que dorme cá de segunda para terça todas as semanas), fez o seu charme, até deu umas gargalhadas (coisa rara). Metia dó pensar que lhe íamos estragar o dia com a porcaria das vacinas.
Lá aperaltámos sua excelência e fizémo-nos à estrada, rumo ao Bairro Alto (nunca mudámos de centro de saúde para não perder o nosso médico que apesar de abrutalhado e stressado, é um excelente médico). Naquelas ruas estreitinhas, salto do carro e agarro a criança enquanto o pai tenta desencantar um lugar, que desta vez foi no piso -5 do Parque do Camões.
Nem tivémos de esperar, aliás... dei a nossa vez a outra menina porque assim tive tempo de enfiar um supositório de paracetamol no petiz, para atenuar os efeitos secundários das malfadadas vacinas.
Ficou chateado com a vida, com certeza! Ora estava o rapaz em amena cavaqueira com a avó (que encontrámos no posto, pois tinha consulta), ria-se que nem um perdido, quando sente a picada na perna... Ups! Mandou um grito.... daqueles. Sonoro mas breve e continua a brincar, desta vez mais sério.
Mas à segunda já não teve uma reacção tão soft. A enfermeira bem nos avisou que custaria mais porque o próprio medicamento é mais doloroso a entrar. Chorou, chorou, com o ar mais sentido do mundo mas desta vez foi mais fácil de o calar que no mês passado. Munidos de termoacumuladores, o pai colocou o "gelo" em cima das picas, enquanto a mãe deu um biberão de chá. Consolou-se e com "colandrejo" e umas quantas melodias trauteadas pela mui afinada voz materno, eis que cai no sono. Bem... toda a gente que por ali passou se meteu com ele. E eu devia transbordar baba por todo o lado...
Portou-se que nem um valente!
Eles tiravam fotos, riam, interrogavam-se sobre as parecenças do bébé que acabara de nascer. O F preparava-se para ir ver o filho e esperava trazê-lo para mostrar aos avós. Mas não. Foram os avós ao encontro do neto, pequenino, no seu leito de cristal, sem a mamã, sem a maminha da mamã, sem o calor da mamã. Nenhum bébé deveria ser privado da sua mãe nos primeiros instantes de vida. Nenhuma mãe deveria ser privada do seu bébé logo depois de o parir. Mas foi assim há 3 meses...
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