Quando pesquisei sobre este assunto para escolher a marca e modelo da bomba de extracção de leite, num útil post da Morgy, decidi-me pela Ameda, pois como a Morgy tão bem explica, o tamanho da copa influencia muito no processo de extracção e, ao que parece, é a única marca a disponibilizar copas de diferentes tamanhos.
Já mais recentemente, nos fóruns li tantas boas opiniões sobre a Ameda que ficou decidido. Quando se deu a subida do leite, liguei para a Geofar (a empresa responsável pela comercialização da marca em Portugal) e no mesmo dia vieram trazer-me uma bomba a casa. Impecável... nem tive de sair, nem nada (e como é complicado sair com eles tão pequeninos...).
Barata tonta como andava nessa altura, nem me ocorreu perguntar a questão do tamanho das copas. Mas agora sei que não têm os diferentes tamanhos cá em Portugal. O resultado foi que me trouxeram um tamanho que julgo ser o standard, demasiado pequeno para estas melancias com que Deus me brindou.
Lá me ajeitei mas não consegui tirar mais de 40ml. Nunca consegui mais que 40...50...30... e quado fui ao pediatra, confirmou-me as minhas suspeitas: era francamente pouco. Em todo o caso, continuei a oferecer a mama, pouco ou muito, sempre era melhor que nada. O suplemento foi a salvação aqui de casa mas o verdadeiro consolo do meu filho reside na mama e não no biberão (felizmente).
Quando o Eduardo fez um mês, uma grande amiga minha (a Raquel) emprestou-me a bomba dela, a electrónica de extracção simples da Avent que possui uma "almofada massajadora" na copa e sobre a qual fiz uma descoberta fantástica: tirando a tal "almofada" o tamanho da copa aumentava ligeiramente.
Também é mais potente a nível de sucção (na da Ameda regulamos a velocidade de sucção e a potência do vácuo, mas mesmo no máximo é pouco para mim) e isso proporcionou-me uma extracção mais rápida e mais eficaz. Agora tiro à volta de 60 ou 80ml, mas depois dele mamar.
Portanto vou devolver a da Ameda (o aluguer é mensal e termina hoje o primeiro mês) e mais uma vez me sinto a pagar a factura de viver em Portugal... além do valor mensal do aluguer, paguei mais 30 euros por um kit de extracção pessoal (obrigatório por questões higiénicas) que não me parece merecer o valor que custou e que não me serviu de muito. Ainda se fosse do tal tamanho XL... :(
Portanto fica o registo: para o próximo filho, já sei como é!
E pronto...o meu filho tornou-se um Pró da mama: dá conta dela em 6 minutos (por vezes em 4)!
Em contrapartida fica quase meia-hora de volta de um biberão de 60ml...
Deixa-me furiosa!
Chora desalmadamente à procura da mama e quando lha direcciono para a boca, procura-a freneticamente. Quando dá com ela, em vez de mamar, entretém-se às lambidelas e pouco suga. Depois chora desalmadamente com fome à procura do que tem na boca...
...quer o biberão :(
Seja com leite meu ou com leite da lata, interessa é que chegue lá rápido, àquele buraco negro que tem no sítio do estômago.
Quanto mais não seja, representa alguma inteligência da parte do moço: já percebeu que o bibas é "alimento fácil"...
Já se estava a adivinhar... acabei por ter de ir à urgência porque comecei a sentir-me tão mal, mas tão mal...
Quase não tinha febre, tinha 37,5º mas isso para mim é como estar com os pés para a cova: nunca faço mais de 38º. Doía-me tudo, sobretudo a cabeça, custava-me a respirar com o nariz entupido e cheio de secreções amarelinhas e a garganta arranhava-me: uma chatice.
Por sorte, vá-se lá saber porquê, tinha convencido a minha mãe a dormir cá em casa: devia estar a adivinhar. Foi a sorte... ficou-me com o besnico (que deu uma excelente noite, isto do leite da mamã é maravilhoso) e às 5 e meia lá fomos aos Lusíadas, comigo a tremer por todos os lados.
Detestei a médica. É o que dá termos bons médicos, quando apanhamos os da urgência raramente nos agradam. Uma conversa parva, que não percebia porque é que eu estava a tomar brufen para as dores, ao que expliquei que era por causa da costura e, nos últimos dias, por causa de dores de cabeça terríveis.
"Ah e tal... já passou quase um mês, isso ainda dói?"
Lá andou com o estetoscópio e disse-me que tinha não sei o quê nos brônquios, mas que só podia tratar com antibiótico e que isso iria passar para o bébé através do leite. Fiquei de rastos... logo agora??
Entretanto pede-me para ver a barriga e diz "mas explique-me lá porque é que está a tomar brufen se não tem nada que se veja na barriga"
DUH!
(Será que ela sabe como é que saem os meninos??)
Passou-me uma receita e mandou-me ligar ao pediatra para saber como era. Voltámos para casa, mesmo a tempo de dar maminha ao miúdo :) Mas vim danada!
Quando o relógio acusou horas decentes, liguei ao Nuneca que me disse:
"Sabe... infelizmente muitos colegas meus ainda pensam que amamentar é uma doença"
Posso tomar o antibiótico, tomar o brufen, dar mama e a única recomendação é que use uma máscara. Bom... haviam de ver a cara dele a olhar para mim quando lhe pus a mama na boca já de máscara na cara. Olhou-me uma vez nos olhos e desviou o olhar para um ponto fixo no horizonte, ahahaha
Tadinho do meu besnico :)
Até tenho medo de dizer, não vá o rapaz entretanto trocar-me as voltas, mas sabem?
Há dois dias que está exclusivamente a mama ;)
Muito brevemente esta imagem poderá não passar de uma simples fotografia, ficando a realidade como mera recordação:
Eu gosto genuinamente de amamentar. Desde que passaram as gretas dos mamilos, tornou-se um prazer. Ver os olhinhos dele a olhar para mim, a respirar ofegante porque sabe que a mama está ali, a mostrar impaciência como quem diz "óh mãe, despacha-te" é algo de indescritível.
Nunca tive muito leite. Mesmo assim dou tudo o que tenho. E faço tudo. Massagens, Promil, depois dele mamar tiro os restos com a bomba... mas não adianta muito. Não abunda e pronto.
Cada dia é uma vitória. Pequenina. Mas não há outro modo de viver este período a não ser de pequenas vitórias, quando o corpo nos trai- engana-se quem pensa que peito grande é sinónimo de muito leite.
Não há nada a fazer a não ser resignarmo-nos, mãe e filho, de que não durará muito mais tempo...
Se nos serve de consolo, ao menos já ninguém nos tira estes 18 dias...
Quem usa Swatch, sabe que uma vez mortos, mortos para sempre. E foi isso que aconteceu ao meu belíssimo skin oferecido pela minha mãe há um bom par de anos.
Tivesse eu relógio, e podia acertá-lo pelo choro do meu filho, que isto da larica tem horas certas!
Já consegui reduzir o suplemento de 60ml para 30ml :)
O meu filho também estabilizou as horas da paparoca: come de 3 em 3 horas, quase certinhas... :)
Seguindo o conselho da Morgy e visto que o meu médico não apoiou mas também não colocou objecções, comprei uma caixa de Promil e já estou a tomar. Aguardo resutados... (quanto mais não seja um pequeno efeito de placebo). Como estabilizámos mais aqui em casa, sinto-me um pouco melhor e isso reflecte-se na alimentação. Ainda como muito pouco, mas já consigo engolir alguma coisa...
Pela primeira vez desde que vim para casa, ontem não chorei.
Aos poucos vamos lá e bem dizia a Drª. F: "se sobreviverem as duas primeiras semanas, sobrevivem a tudo..."
As duas primeiras já passaram!!! :)
Hoje sinto-me mesmo mal. Fisicamente e psicologicamente.
Já não tenho qualquer dúvida de que estou com uma brutal depressão. Só crises de choro, quase não como (não me ralhem, porque não passa mesmo tal é o nó na garganta e no estômago), durmo pouquíssimo, o que não é de surpreender, mas mesmo quando posso dormir, tenho dificuldade.
Fisicamente, hoje tenho mais dores. Ao 10º dia, seguimos as instruções do Dr. e o F cortou o remate dos pontos. A linha que ficou de fora já desapareceu e se tudo correr bem, o organismo absorve a costura toda. Mas continuo com muita hemorragia e umas dores internas horríveis, como se estivesse nos primeiros dias da menstruação há muitos anos, quando era teenager e antes de tomar a pílula, milagrosa, que me aliviou o sofrimento mensal.
Tenho medo que alguma coisa não esteja bem, mas o meu espírito diz-me que está, que tudo isto é normal na recuperação de um parto.
Fomos ao hospital, mais uma vez, tentar pagar a conta do parto e carimbar uma receita que trouxémos ontem e nos esquecemos que era necessário mostrar na recepção. Também levámos as fotos que a enfermeira Generala pediu. Ficou muito feliz. Gosto muito do carinho que aqueles profissionais de saúde nutrem pelos utentes do hospital e fazem-me sentir mesmo bem. Devíamos mesmo permanecer lá mais uns dias após o parto e talvez tudo fosse mais fácil...
...e agora vou ali, que o meu besnico está a gemer, o que significa que o relógio do estômago começou a latejar em forma de mamoca.
Tecnicamente não foi a primeira consulta. Na sexta passada fomos ao hospital, a pedido da maternidade, pois parece que é costume fazer uma consulta de neonatologia logo após a alta. Essa avaliação foi feita pela Drª F, que recebeu o Eduardo na sala de partos.
Além de uma avaliação global, fizeram-lhe o rastreio das doenças metabólicas (teste do pézinho) e aí percebemos que mesmo com os problemas que tenho tido em amamentar, o besnico perdeu poquíssimo peso. A perda dele situou-se nos 1,9% quando a média ronda os 8%. Tranquilizou-nos e disse-nos que estamos a fazer tudo bem.
Mas não há muito que possam fazer por mim neste momento, no que respeita a tranquilidade. Estou muito triste por não ter leite suficiente, aliás... por não ter leite quase nenhum. E isso tem-me deixado de rastos (ou se calhar é o pretexto para as crises de choro).
Portanto hoje, apesar de ser a segunda consulta, foi a primeira com o Nuneca, o nosso pediatra (hehe, gosto de alcunhar as pessoas).
Lá chegámos aos Lusíadas, mesmo em cima da hora (que isto agora sair de casa implica uma logística bem organizada para a qual ainda não estamos mecanizados), o que na verdade não constituiu problema, pois a consulta estava atrasada cerca de uma hora. Passei-me logo, não pela minha espera, mas por me sentir sem chão debaixo dos pés, pois iria calhar em cima da hora que o besnico ía reclamar a sua paparoca. Se tivesse mama de jeito era tão mais facil...
Chorou desalmadamente e ali mesmo, à descarada, enfiei-lhe a mama na boca. Lá se arranjou e serviu para acalmar os ânimos.
Quando nos chamaram, o Nuneca recebeu-nos com o largo sorriso que o caracteriza. Adoro-o!
Assim que entro no consultório, começo a chorar. O médico foi de uma delicadeza incrível e no meio de brincadeira, sem no entanto me fazer sentir ridícula, conseguiu amenizar a questão. Mas permaneci de lágrima pendurada até meio da consulta.
Falámos das principais questões que me atormentam a alma: a alimentação e o choro.
Da alimentação dele, confirmou-me o que eu suspeitava: se o leite não "subiu" mais que isto, não vai subir. Disse-lhe quanto consigo tirar com a bomba (entre 25ml a 45ml) e assim com um ar carinhoso disse-me "é pouco". Continuamos com o suplemento, portanto, que assume as funções de leite principal e a minha mama sim, passa a suplemento, que darei sempre antes do biberão, enquanto tiver uma gota que seja. Pelo menos leva alguma coisa minha que ajudará nas defesas naturais. Mas sinto-me devastada e quando o assunto me vem à ideia, desato logo a chorar.
Do choro, disse que é normalíssimo que ele berre desalmadamente quando lhe trocamos a fralda ou quando toma banho, pois ainda não regulam bem a temperatura do corpo e têm muito frio quando estão despidos.
-Cordão umbilical, quase todo mumificado, deverá cair em breve;
-Reflexos ok;
-Peso, já ganhou cerca de 300 gramas desde 6ª feira;
-BCG, já começou a aparecer a marca no bracito esquerdo;
-Pele: ok. São como as cobrinhas, mudam a primeira camada de pele e ficam com aquele aspecto esquisito (sobretudo nos bébés de 40 semanas ou mais);
-Aparentemente está tudo normalíssimo, estamos a fazer tudo bem, continuemos assim.
Daqui por 15 dias voltamos lá!
Do que não me conformo... é mesmo do meu leitinho :((((
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