Quarta-feira, 13 de Maio de 2009

:(

Estou deprimida... muito deprimida...

E o meu bébé que hoje ainda não parou de chorar...

 

Será que mudou a Lua?

sinto-me:
Sábado, 14 de Março de 2009

Antigamente

Antigamente tudo era mais fácil.

 

Passamos cerca de um quarto da nossa existência a desejar crescer, ser adultos, sair de casa e ter a nossa independência, tomar as nossas decisões sem necessitarmos da aprovação de ninguém. Mas quando atingimos essa meta, sentimos saudades do tempo em que as coisas nos apareciam feitas como que por artes mágicas.

 

Agora é tempo de ser eu a Fada, de proporcionar essas "artes mágicas" ao Eduardo e de lhe deixar o desejo de crescer.

 

Não tenhas pressa, meu filho. Não tenhas pressa de crescer porque a vida tem outra cor quando as responsabilidades apenas possuem um peso relativo no nosso dia-a-dia.

 

Os meus dias eram divididos entre tarefas escolares e uma série de coisas que me davam um prazer imenso: lia, via quilómetros de fitas VHS (ocasionalmente uma fita de cinema), ouvia horas a fio de música (estava sempre a par do que os meus grupos de eleição faziam), fotografava, desenhava e ainda arranjava tempo para estar com as pessoas que me eram queridas. Conseguia mesmo relativizar o tempo e, se me perguntassem, podia jurar que os meus dias tinham bem mais que 24 horas.

 

Depois chegou a doença. Julgo que veio acompanhada pelas calendas da maioridade. E pelo programa de festas da faculdade. Nunca mais me deixou voltar a ser filha única, porque se instalou lá no quarto, onde me encarcerei.

 

Aos poucos deixei as coisas que gostava: primeiro deixei de desenhar (e a culpa foi da faculdade). Depois deixei de ver filmes... de ouvir muita música (passei a ouvir só alguma música) e com a banalização das máquinas fotográficas digitais, a minha Canon perdeu o encanto: para quê gastar quatro contos em revelações e impressões se podia passar tudo directamente para o computador?

 

Resta-me a leitura. Agora num interregno, por falta de tempo, ou de paciência, ou de ambos, pois a organização da casa impõe-se, o filho reclama para si 90% do tempo que passo acordada e a inspiração para os momentos de amaciar e confortar a alma está escondida, algures.

 

Portanto, meu filho, aproveita cada minuto da tua infância, cada descoberta e brincadeira, cada mimo, cada instante de pura magia que aqui a tua mãe reconforta-se ao olhar para ti.

sinto-me: deprimida
Quinta-feira, 12 de Março de 2009

Da depressão II

Há dias que custam mais que outros...

 

A comida continua a saber mal.

O sono teima em instalar-se, para que adormecendo me abstraia.

A nostalgia deixa-me apática.

 

Pergunto-me porque me meti numa destas... e só quando vejo aquela carinha a fitar-me nos olhos é que acordo: Amo-te tanto, meu filho.

 

E sabem... este amor é avassalador. Tanto, tanto que chega mesmo a doer na alma.

Por isso... voltaram as lágrimas.

sinto-me: deprimida
Sábado, 7 de Março de 2009

Da depressão

Julgo que é normal termos ideias pré-concebidas acerca do parto e da maternidade. Por estas bandas, tentei sempre não criar demasiadas expectativas, até porque o medo era muito. Não neguei nenhum tipo de procedimento, à partida, e ainda bem porque o Eduardo acabou por ter de ser ajudado pela ventosa e eu acabei por ter de ser submetida à episio. Nâo fiquei chocada nem foi isso que destruíu a minha alegria.

 

O que nos destrói a alegria é o facto de romantizarmos demasiado o momento. É o facto de acharmos que a partir daquele instante somos mães, quando na verdade já o somos desde o dia que pensámos na possibilidade de engravidar e em que tudo fizémos para que acontecesse. O processo de "ser mãe" começa antes da concepção, antes de se materializar no nosso ventre, antes dos gâmetas bem sucedidos.

 

Ando de rastos. Arrasto-me nos dias, aguardando por outros melhores e não imaginam o quão bem me faz escrever aqui, saber que sou lida, sobretudo agora que me apercebi que tenho muito mais visitas do que imaginei. Após o parto recebi muitos comentários de pessoas que não conheço e me dizem que há muito que seguemeste "diário", simplesmente nunca tinham deixado comentários. Acreditem que esses comentários são uma pomada milagrosa para estas feridas abertas.

 

Por isso mesmo, um OBRIGADA a todos quanto nos visitam aqui, com ou sem comentários, com maior ou menor assiduidade.

 

Muita gente me perguntou sempre o que sentia na depressão. Nesta, a pós-parto, o sentimento não diverge, simplesmente a experiência ganha com os anos de convivência com esta doença permitem-me agarrar desde logo nas armas para a combater. Até porque neste momento existe uma condicionante que me espicaça a continuar, cada dia, para que não me afunde naquele poço profundo de onde já fui resgatada à beira da fatalidade: o meu filho MERECE uma mãe presente, saudável, que lhe proporcione o bem-estar que um ser pequenino requere ao chegar a este mundo.

 

O que sinto é uma enorme angústia, uma insegurança natural, uma ansiedade sem explicação visto que tudo está bem com o Eduardo. Estamos a fazer tudo bem e mesmo assim sinto-me uma incompetente, com a auto-estima no chão que pisamos. Sinto-me desamparada. E estou? Não! Tenho um marido presente e cooperante, uma mãe fantástica que não dá palpites, limita-se a cuidar do nosso bem estar tratando-nos da comida, da roupa, da organização da casa que de repente se tornou caótica. Tenho uma sogra maravilhosa que sem queixumes nem cobranças faz tudo o que pedimos, aparece quando é necessária, dá-nos espaço quando necessitamos dele. Tenho um pai e um sogro babados que tentam não mostrar a sua preocupação perante este estado e amparam-me o filho para que possa descansar uns escassos minutos. Tenho tudo. E sinto-me sem nada.

 

As consequências são rios de lágrimas que deixam os presentes tristes e desesperados. É uma falta de apetite que me faz ver magra como há muito não via (ok, também perdi aquele barrigão, é certo). É um quase não dar pelo cansaço acumulado que, no entanto, se reflecte no humor e no corpo: sinto-me febril constantemente sem ter qualquer ponta de febre.

 

A hipersensibilidade do momento faz-me perder a vontade de ver pessoas, de sair de casa, de atender telefonemas, de fazer as coisas que gosto. Aos poucos tento contrariar esta tendência e ontem, a voltar da consulta, dei por mim a apreciar o momento de empurrar o carrinho do Eduardo pela noite já escura, Avenida da Liberdade acima.

Agora aguardo ansiosamente que a rotina, tão necessária numa depressão (quem diz mal da rotina não lhe sabe dar mesmo o valor), se instale de armas e bagagens para poder passear, apanhar sol, cheirar a Primavera e gozar melhor estes momentos que sei únicos e que a doença me faz desejar que desapareçam.

 

Da consulta...

Realmente sou uma sortuda com os meus médicos. A Inês encaixou-me ali no meio de consultas para que não esperasse muito com o bébé. Assim que cheguei, entrei na vaga seguinte. É injusto para quem está à espera e detesto estas coisas, mas não me demorei e agradeço muito o gesto. É muito difícil sair com o bébé sem ter ainda uma bagagem para lidar com os horários inconstantes dele.

Ajustámos a medicação, mantendo afastadas as benzodiazepinas, para que possa continuar a insistir na mama, mesmo que o resultado seja tão inglório. Em 15 dias deverá fazer algum efeito e se não for suficiente, fazemos nova dosagem. Não queremos nada muito abrupto mas o que tiver de ser, será.

Também vim feliz por termos a clara noção de que esta depressão não é tão forte como a de algumas mulheres que ficam completamente incapacitadas para cuidarem dos filhos. Não. Aqui o passado assume as funções de "manual de sobrevivência" e a rápida actuação, bem como os mecanismos de defesa que entretanto fui criando, ajudam a amenizar o problema.

 

Resta-nos aguardar e ter esperança de que melhores dias virão.

sinto-me: deprimida
Quinta-feira, 5 de Março de 2009

Não estou nada bem...

Hoje sinto-me mesmo mal. Fisicamente e psicologicamente.

Já não tenho qualquer dúvida de que estou com uma brutal depressão. Só crises de choro, quase não como (não me ralhem, porque não passa mesmo tal é o nó na garganta e no estômago), durmo pouquíssimo, o que não é de surpreender, mas mesmo quando posso dormir, tenho dificuldade.

 

Fisicamente, hoje tenho mais dores. Ao 10º dia, seguimos as instruções do Dr. e o F cortou o remate dos pontos. A linha que ficou de fora já desapareceu e se tudo correr bem, o organismo absorve a costura toda. Mas continuo com muita hemorragia e umas dores internas horríveis, como se estivesse nos primeiros dias da menstruação há muitos anos, quando era teenager e antes de tomar a pílula, milagrosa, que me aliviou o sofrimento mensal.

Tenho medo que alguma coisa não esteja bem, mas o meu espírito diz-me que está, que tudo isto é normal na recuperação de um parto.

 

Fomos ao hospital, mais uma vez, tentar pagar a conta do parto e carimbar uma receita que trouxémos ontem e nos esquecemos que era necessário mostrar na recepção. Também levámos as fotos que a enfermeira Generala pediu. Ficou muito feliz. Gosto muito do carinho que aqueles profissionais de saúde nutrem pelos utentes do hospital e fazem-me sentir mesmo bem. Devíamos mesmo permanecer lá mais uns dias após o parto e talvez tudo fosse mais fácil...

 

...e agora vou ali, que o meu besnico está a gemer, o que significa que o relógio do estômago começou a latejar em forma de mamoca.

sinto-me: Deprimida. Muito. Muito.
Segunda-feira, 2 de Março de 2009

18:35h

O meu bébé acabou de completar uma semana. E por esta hora eu não consegui mais que estar agarrada a ele a chorar. Estou completamente descontrolada e não acredito que já passou uma semana,

No hospital era tudo tão mais fácil...

Depois deles nascerem, só deviamos ter alta, os dois, passados 15 dias.

Agora cada dia será uma luta contra a minha natureza. O que vale é que tenho consulta já na 6ª...

sinto-me: deprimida
Sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2009

Não é novidade

Não é novidade que tenho dificuldade em adaptar-me a novas situações. Sei que consigo, mas custa.

 

Estou deprimida.

 

Pelo menos o sol voltou e graças a isso, mesmo com a perna esquerda presa, hoje consegui fazer dois quilómetros...

Fiquei feliz por fazê-los, sobretudo porque esta noite agonizei ao sonhar que andava com esta barriga e estas dores pelo Caminho do Tejo para Fátima...

 

(Para os trekkers e pessoal do btt, podem ver mais aqui e aqui. Eu, que já o fiz 3 vezes, recomendo. Sobretudo se o fizerem no início da Primavera).

sinto-me: deprimida e nostálgica
Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

Novembro

Porque é que todos os anos, por esta altura do ano (final de Outubro, Novembro, início de Dezembro) me sinto assim?

 

Malditas depressões sazonais...

 

A apatia é tanta que nem me apetece chorar. Só quero adormecer...

sinto-me: apática e deprimida

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