Ontem aqui a grávida contactou o João Proscrito, o meu amigo especialista em astrologia.
Então parece que o pai do rapaz, muito dado a esses assuntos esotéricos, vivia em permanente batalha verbal com o filho dado o cepticismo deste. Poderiam pensar "se não os podes vencer, junta-te a eles" mas não foi bem assim... houve uma etapa pelo meio: o João decidiu estudar afincadamente a tal "ciência" para provar ao pai, de uma vez por todas, que não havia qualquer credibilidade na disciplina. Mas acabou por se render... e juntou-se mesmo a eles (posso adiantar-vos que entre cursos e novas filosofias de vida, este rapaz mudou a sua vida por completo). Agora percebe imenso do assunto e eu servi-me disso para interceder pelo meu rebento.
-João, uma criancinha nascida aqui no nosso território, até quando é Aquário? 18 ou 19 de Fevereiro?
-Depende do ano... que ano pretendes?
-Bom... espero que seja este ainda!
(acho que aqui se lhe fez luz...)
-2009 é a 18, mas se nascer de tarde já será Peixes.
(Estou tramada...)
Mas olha... eu sei que és Aquário, só que acho melhor torceres pelo Peixes que são bem melhores de aturar.
(Não percebi...)
Portanto começo a assumir-me como um Aquário portador de um Peixinho-cabeçudo (sim, que aquele melãozinho de 10cm a passar aqui pelo donut interno não deve ser pêra doce...).
O João tentou descansar-me sob a promessa de uma carta astrológica específica para o miúdo assim que este nascer, mal hajam dados concretos como data e hora certinhas. (Diz ele que ajudará na educação e forma de lidar com o feitio)
Ora o único Peixe que existe neste Aquário até se tem revelado um bom companheiro nas últimas semanas: o meu pai.
Se ao início não manifestava qualquer reacção à minha gravidez (tenho a sensação que os homens nunca se convencem que as filhas crescem, sobretudo se isso implicar a admissão de actividade sexual na vida delas), agora cobre-me de atenções chegando mesmo a ser o verdadeiro chato.
Acampa serões inteiros aqui em casa quando o F. está a fazer noite, assume aqui algumas tarefas domésticas que recusa (tacitamente) a fazer em sua casa, se eu não me adiantar, telefona quase imediatamente após cada consulta ou ecografia e aí desde meados de Novembro que passou a referir-se ao pequeno como "o meu neto" ao invés de "bébé" como todos os outros se referem. Ultimamente até tem sido "o Eduardo"...
Este Peixe é cabeçudo mas no sentido de ser um grande "cabeça dura". É teimoso (o que não me surpreende visto que nos últimos 34 anos co-habitou com um Touro), por vezes com opiniões obtusas, orgulhoso, ferve em pouca água (vejo-o demasiadas vezes de sobrolho carregado), enfim, é aquilo a que chamo um "coquinhas".
Por outro lado não conheço ninguém com coração maior. É um homem de palavra e cujo sentido de justiça o leva a sofrimentos desnecessários, sobretudo quando toma o partido dos "fracos e oprimidos", vivendo as dores alheias.
Se é isto que me espera, acho que enfio o miúdo num colégio interno!!! (pronto... pronto... estou a brincar!)
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